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Sessão Saudade

O adeus a Murilo Melo Filho

Depoimentos
(em ordem alfabética)

“Um escritor e jornalista dos mais brilhantes de seu tempo. Uma grande perda para as Academias Brasileira de Letras e Carioca de Letras, Conheci-o desde quando servia como militar em Brasília, nas recepções às autoridades estrangeiras, lá estava o dinâmico Murilo dando cobertura jornalística aos eventos. Mais de uma vez comentamos sobre aquela época na Capital da República. Momentos difíceis. Murilo Mello Filho cumpriu sua missão entre nós com elegância, competência e sabedoria. Que descanse em Paz”!

- Edir Meirelles (Cadeira 15)


“Conheci o Acad. Murilo Melo Filho em Casimiro de Abreu (RJ), num evento literário, em biblioteca do mesmo nome, que homenageava o escritor em sua terra natal. A APPERJ - Associação Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo poeta Sergio Gerônimo, foi em caravana, do Rio de Janeiro para Casimiro de Abreu. O palestrante especial era o nosso Acad. Murilo Melo Filho, que enriqueceu a nossa tarde com conhecimento e cultura. Ouviu também os poetas e participou com atenção contribuindo com suas observações e opiniões. Já faz tanto tempo, nos idos de 2008, mas boas oportunidades de cultura e lazer são inesquecíveis”.

- Juçara Valverde (segundo-secretário da ACL / Cadeira 12)


 

“Conheci muito pouco Murilo Mello Filho, mas, o pouco que conheci me encantou. Sua origem nordestina, o sorriso bem humorado, as cores que o vestiam faziam deste grande poeta e jornalista uma figura inesquecível. Observador acurado da vida política e social brasileira, conduzia conversas com elegância, ilustrava-as com deliciosas estórias e transmitia uma sensação de alguém abençoado pelas musas e pela vida. Simpatia e serenidade emanavam de sua pessoa que não parecia se impor pelos lustros e prêmios que acumulou, mas por um sentimento de humanidade e fraterna igualdade que compartilhava com espontaneidade. Sentimento, diga-se, que é a marca dos grandes, porém, raros intelectuais brasileiros como ele foi. Meu afetuoso adeus a esse cuja sensibilidade e competência serão sempre inspiração para muitos de nós”.

- Mary Del Priore (Cadeira 32)


 

“O escritor é o olho, o ouvido e a voz de sua classe’. Maximo Gorki tinha razão. O olhar de Murilo Melo Filho percebia tudo à sua volta, seu ouvido estava sempre atento ao que ouvia ao redor e quando escrevia, sua voz atingia sua classe e muito além. O olhar e o ouvir se foram, mas a voz perdurará. O brilho do escritor e jornalista Murilo Melo filho seguirá iluminando este mundo tão carente de similares ao nosso saudoso confrade”.

- Miriam Halfim (Cadeira 33)


“A característica predominante de Murilo Melo Filho era, ao meu ver, a elegância com que se conduzia, de modo geral, mas particularmente em relação aos seus pares. Sua presença e sua companhia eram altamente envolventes e confortáveis para quem desfrutava de seu convívio”.

- Reynaldo Valinho Alvarez (Cadeira 17)




 

“Conheci Murilo em um dos generosos almoços em que Adolpho Bloch recebia convidados no então novo prédio do Flamengo. Ficamos lado a lado e Murilo, a meu pedido, discorreu suas impressões da recente inauguração de Brasília e do Presidente Juscelino, como ser humano e político. Fiquei encantado com a precisão, vivacidade e boa forma vocabular, além da simpatia pessoal do Murilo. Convidei-o a jantar e foi fácil deduzir que a amizade ali consolidada seria para sempre. Quando Murilo foi candidato à ABL, ele me telefonou e apenas me disse que estava ligando para buscar solidariedade, já que estava uma pilha de nervos. Retruquei bem humorado que iria visitá-lo no dia seguinte, mas que as solidariedades buscadas tinham que vir dos acadêmicos votantes. Ele gargalhou, concordou e nós, os amigos, ficamos ao lado dele até o momento de sua eleição. Quando meu Dicionário Houaiss-Cravo Albin da Música Brasileira foi candidato ao Prêmio José Mindlin, como o livro do ano, Murilo colaborou intensamente. No primeiro encontro anotava em um mapa, os nomes dos votantes e os que votariam a favor. Um amigo precioso e um ser humano de enorme qualidade. Tudo isso para explicitar a falta que Murilo me faz”.

- Ricardo Cravo Albin (presidente de honra da ACL / Cadeira 34)
 

“Quando penso em Murilo Melo Filho, a primeira imagem que me vem é a do seu olhar brilhante. Sim, porque nem todos os olhares brilham. Mas o dele brilhava. Era o brilho da energia do jornalista atento, do escritor multifacetado e excelente biógrafo, do ser humano que ele era, amigo, entusiasmado, caloroso. Certa vez, nos encontramos em Campos (RJ), em um evento sobre José do Patrocínio, onde Murilo era o orador principal e compareci para dizer alguns textos do abolicionista. Uma noite bem sucedida para todos. A partir daí, em diversas ocasiões, quando coincidia de nos encontrarmos na Carioca, no PEN Clube ou na própria ABL, Murilo saudava e dizia com um sorriso: “- E Campos, hein”! Foram sempre fraternos meus encontros com ele, fossem na ACL, quando me conduziu ao salão no dia de minha posse nesta Casa ou quando o convidei para colaborar com seus textos escorreitos em nossa Revista, ou então no Ciclo O Humor na Cultura, coordenado por ele na Academia Brasileira de Letras e onde tive a grata oportunidade da proferir a conferência sobre o segmento do humor no Teatro, ou ainda nas dedicatórias carinhosas de seus livros, em tudo e sempre a presença da simplicidade, do afeto e da generosidade”.

- Sergio Fonta (vice-presidente da ACL / Cadeira 14)
 
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