Grupo de acadêmicos num flagrante colhido durante as comemorações do Cinquentenário da Academia (1926-1976).
Da esquerda para a direita: Renato de Mendonça, Horácio de Almeida, Luiz de Castro Souza, Leopoldo Braga, Alfredo Cumplido de Sant'Anna, Murilo Cardoso Fontes, Heitor Moniz, Oscar Tenório, Fernando Whitaker da Cunha, Othon Costa, Herculano Borges da Fonseca, Lazinha Luiz Carlos, Paulino Jacques, Cândido Jucá Filho, Benjamim de Moraes Filho, Oliveiros Litrento, Machado Paupério, Gastão Pereira da Silva, Paschoal Carlos Magno, Paulo Coelho Neto, Heitor Fróes, José Eduardo Pizzarro Drummond e Fernando Sales (foto cedida pelo Acad. Fernando Whitaker da Cunha).
Fundada em 8 de abril de 1926, a Academia Carioca de Letras, constituída como associação de cultura literária do Estado do Rio de Janeiro, está sediada na cidade do mesmo nome, e tem por fim a cultura da língua e da literatura nacional. Compõe-se de 40 membros titulares ou efetivos e adota os mesmos critérios tradicionais das demais academias brasileiras.
A propósito da sempre lembrada origem da Academia, como uma espécie de sucedâneo da Academia Pedro II, vale transcrever o depoimento de Othon Costa, um dos fundadores que advogou a idéia de mudança de nome da Academia que fora criada para homenagear o Imperador: "A mudança da denominação da Academia não se inspirou em sentimentos regionalistas e muito menos de natureza política, tendente a eliminar o nome do velho e glorioso monarca brasileiro. Lembro-me bem que a última sessão pública que realizamos, antes da nova denominação, foi a 2 de dezembro de 1929, no transcurso do centésimo quarto aniversário de Pedro II. A sessão foi presidida pelo Conde Affonso Celso, então, presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em palestra que tivemos na ocasião, comuniquei-lhe, com algum constrangimento, que havia explicando as razões que me levaram à iniciativa, mas comprometendo-me a conservar o nome do grande brasileiro como patrono de uma de suas cadeiras. Affonso Celso, com sua proverbial delicadeza, concordou com as minhas ponderações e louvou o meu propósito de conservar, em uma de nossas poltronas, o nome do sábio Imperador, tão profundamente vinculado à nossa cultura". (Cf. Discurso de Othon Costa, pronunciado em 8 de abril de 1976, por ocasião da comemoração do Cinquentenário de Fundação da Academia. Revista da Academia Carioca de Letras, nº 3, Junho de 1977, Rio de Janeiro, pp.3 e 4).
A Academia Carioca de Letras é considerada entidade de utilidade pública federal pelo Decreto nº 4.971, de 1934; de utilidade pública estadual pela Lei nº 753, de 1965; e órgão consultivo do Estado do Rio de Janeiro em assuntos culturais pela Lei nº 970, de 1966.
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